A festa se aproxima....

Mais uma festa democrática se aproxima. E com ela milhões de brasileiros se deslocam até a sua zona eleitoral para dar seu voto. Sim, a festa é da democracia, mas quem realmente irá comemorar serão os eleitos. E mais uma vez já temos dois candidatos a se eleger, aqueles que detêm maior participação no horário eleitoral, o que melhor manipular a massa ganha o voto.

De um lado teremos empoleirados os tucanos na pessoa do excelentíssimo José Serra, empoleirado mesmo, com seu discurso ora elogiando o governo Lula, ora falando como grande oposicionista. Do outro lado das trincheiras temos a querida Dilma Rousseff, sim a candidata estrela com grande chance de ser a primeira mulher a ocupar o cargo da presidência da República; mãe do PAC, que começa a aparecer na mídia na aspiração de cativar os estados onde os que a apóiam ainda são poucos. E pra quem pensa que Dilma assumirá o controle se eleita está enganado; controlando a marionete esta o senhor Luiz, o mesmo que trouxe as olimpíadas ao país e o mesmo que fará a sua abertura.

No meio do caminho, não temos uma pedra, como afirmou o grande Drummond, mas temos a dona Marina Silva, atuando no mesmo âmbito, porém menos agressivo que Heloisa Helena, candidata do PSOL em 2006. Sim é previsível que ela terá uma boa quantia de votos vista o número de indecisos e cansados das mesmas caras na política.

Nestas horas bate saudade do Dr. Enéias Carneiro (PRONA), com sua barba, seu óculos, e seus produtivos segundos na TV com seu inesquecível jargão “Meu nome é Éneias” ao som da 5ª sinfonia de Bethoveen. Que ele com sua iluminada sabedoria, da qual poucos deram atenção, olhe pelos brasileiros aonde quer que esteja e transmita um pouco da sua luz na hora dos votos.

Dentre toda a dinâmica eleitoral fica uma incógnita, onde está Ciro Gomes?

Nem a fórmula de Bháskara encontra o resultado desta equação, visto a tamanha indecisão de Ciro em apoiar um ou outro, ou não apoiar ninguém e se lançar candidato.

Resta-nos agora esperar a voz de Deus, a voz do povo (ou a voz da mídia?). Que a escolha entra as “duas” bandeiras liderantes seja a melhor possível, e como diria o Senador Cristovam, que não seja uma escolha partidária e sim uma escolha com a causa, para que esta seja em prol do nosso país, e que este continue tomando sempre a ascendência rumo a um futuro onde as pessoas deixem de ser “público” e passe a ser povo; afinal nas palavras de Lima Barreto: “O Brasil não tem povo tem público.”