segunda-feira, 17 de junho de 2013
Balanço Prévio das Manifestações
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Obama sanciona novo teto da dívida dos EUA
A Casa Branca anunciou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sancionou na tarde desta terça-feira o novo teto da dívida do país aprovado na Câmara dos Representantes e no Senado, que deve evitar a moratória parcial. O acordo assinado por Obama prevê um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões) e uma elevação no teto da dívida na mesma proporção.
A Casa Branca tem um teto legal para a tomada de empréstimos para o pagamento das contas públicas, como o salário dos militares, os juros de dívidas prévias e o sistema de saúde. O limite anterior era de US$ 14,3 trilhões (R$ 22,3 trilhões). O acordo assinado pelo presidente permitirá que Tesouro empreste mais dinheiro para manter os compromissos, em troca de cortes de gastos governamentais de US$ 1 trilhão - valor que deve chegar a US$ 2,4 trilhões em dez anos.
O Senado americano aprovou o acordo nesta terça-feira, com 74 favoráveis e outros 26 votos contrários. O projeto de lei precisava de ao menos 60 votos favoráveis para ser aprovado. O acordo já havia sido aprovado na noite desta segunda-feira na Câmara dos Representantes - equivalente à Câmara dos Deputados - e atualmente controlada por membros do Partido Republicano (que faz oposição ao presidente Obama), com 269 votos favoráveis e 161 contrários.
Fonte: http://br.reuters.com/
Entenda o possível calote americano
Os quatro maiores credores de títulos públicos dos EUA são (em dólares): China – 1,152 trilhões; Japão – 906 bilhões; Reino Unido - 333 bilhões; Países exportadores de petróleo – 221 bilhões; Brasil – 207 bilhões; esses dados são de Abril deste ano. Isso significa que o Banco Central Brasileiro detém títulos do governo americano no valor de 207 bilhões. Se o governo americano não paga juros, os seus títulos são desvalorizados e todos esses países entram em prejuízo. Os títulos americanos são considerados de risco 0, por o país sempre ter honrado os seus credores. Por isso todos os governos do mundo aplicam preferencialmente em títulos do governo americano. O problema é global como se pode perceber.
Hoje os EUA possuem uma dívida econômica expressiva, pra ficar mais claro, o PIB americano arrecadou até agora 14,6 trilhões, e sua divida já atingiu a marca de 14,3 trilhões, e eles pretendiam aumenta-la para 16 trilhões, ou seja, a divida será maior que o próprio PIB. O governo é obrigado por lei a pagar todos os seus credores, mas não são só os credores a quem o governo deve, são muito mais pessoas (aposentados e pensionistas) e nações envolvidas, logo, se não sair esses acordos político o governo terá que optar por quem não irá receber.
Essa situação de certa forma envolve a credibilidade americana, logo a questão virou política, assim os americanos têm buscado estabelecer o tamanho do estrago para que se possa fazer uma possível renegociação da divida. Assim para que a divida possa ser aumentada, são necessários acordos políticos.
Por a situação ser tão dramática é bem provável que saiam todos esses acordos políticos. Se esse teto de endividamento do governo não for elevado, problemas internos dos EUA também serão expostos, os juros subirão, o patrimônio das famílias ficará comprometido e o país entrará numa dupla recessão.
O governo chinês tem se pronunciado bastante nas últimas semanas, tem-se exigido principalmente a garantia do direito dos investidores. Talvez essas declarações ganhem mais força, visto que o governo americano não tem visado abandonar a política de desvalorização do dólar.
Sobre o questionamento de um eventual Calote americano, os republicanos não acreditam que o Tesouro permitiria esse acontecimento. "Seria algo inédito na história americana", concluiu o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner. "Uma moratória causaria danos catastróficos à economia da nação, reduzindo o crescimento de maneira significativa e aumentando o desemprego", completou.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
PH E SECRETA...
Pergentino Holanda é aquela figurinha carimbada. Desfila pelas ruas de São Luís ao volante de uma reluzente Mercedes-Benz último tipo, vindo de uma cinematográfica propriedade nos arredores da ilha. PH faz e desfaz na society maranhense. Aos domingos, em “O Estado do Maranhão”, assina um caderno, onde seu monograma é contornado por uma estrela dourada cintilante. PH, saibam todos, depois de Roseana, é a maior estrela do Maranhão.
Seus aniversários e festas são bancados por amigos generosos. Um banca a bebida, outro, o bufê. Se abrirem a caixa-preta PH não terá como explicar a riqueza que tem.
Secreta, o rebolativo.
Seu nome é Amaury de Jesus Machado, mas pode chamá-lo de Secreta que ele gosta – forma abreviada de secretário. Aos 51 anos, funcionário do Senado, Secreta mora na cidade satélite do Guará, onde dispõe de um plantel de garotões musculosos e amestrados.
A rebolativa figura anda cheia de jóias de ouro, colares e pulseiras. Goza de absoluta confiança de Roseana e de toda a família Sarney. Secreta recebe do Senado como “assessor de gabinete”, mas trabalha na casa de Roseana.
“O Congresso abriga mais um exemplo ilustrativo do uso de dinheiro público para bancar despesas privadas da família do presidente do Senado, José Sarney. O Mordomo da casa de sua filha, Roseana, é um servidor pago pelo Senado. Deveria trabalhar no congresso, mas de 2003 para cá, dá expediente a 7km dali, na residência que Roseana mantém no Lago Sul de Brasília.” O Estado de São Paulo, 20 de junho de 2009.
Secreta é uma espécie de faz-tudo, quase um agregado da família, encarregado de serviços de copa e cozinha, organizador de recepções.
Grande Secreta. Chegou a filiar-se ao PFL quando a “madrinha” estava nesse partido, herdeiro da Arena da ditadura. Trabalhou até no Palácio da Alvorada quando Sarney era presidente (1985-1990). Na época promoveu uma festinha com dois garotos na mansão do Calhau (de José Sarney),
Colegas de função acreditam que ele ganha entre R$12 mil e R$15 mil, mas pode ser mais. Uma fonte de dentro do Senado afirmou que ele ganha muito para poder bancar pequenas despesas de emergência da família.
Não bastava ao senador manter com o dinheiro público o neto, a mãe do neto, sobrinhas – a parentalha. E aparece um bichinho de estimação de Roseana...
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Dois netos da ditadura ditam o que ver na TV
Das heranças malditas da ditadura, a mais pervertida delas está nas concessões de rádio e televisão. A partir da segunda metade da década de 1960, os militares passaram a cessar concessões de grupos de empresários nacionalistas e progressistas – a TV Excelsior foi um exemplo, pertencia à família Simonsen, que também perdeu a companhia aérea Panair do Brasil.
A Panair morreu para a Varig tomar conta do mercado aéreo. A Excelsior morreu para a Globo se tornar campeã de audiência. O auge das concessões se deu quando Sarney assumiu a presidência da República. E, com seu ministro das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães, distribuíram nada menos que 1.091 concessões de rádio e televisão. Destas, 165 compraram parlamentares; e 257 eles distribuíram na reta final da aprovação da Constituição de 1988.
Não é exagero debitar na conta da dupla de coronéis a programação idiota e fabricante de idiotas que temos neste país, dado o nível de “políticos” que ganharam concessões.
O historiador Wagner Cabral da Costa localiza o momento exato
“Em 1991, Edison Lobão ganha a eleição para o governo e logo faz o acordo para comprar a TV Difusora com sobras de campanha. E o que eles devem ter arrecadado no segundo turno para ganhar as eleições deve ter sido extraordinário. Lobão ‘perde’ a concessão da Globo, fica tranqüilo com o SBT, que era de Sarney. Assim se consuma um troca-troca, pois a TV Mirante do Sarney passa a retransmitir a Rede Globo”
Lobão e Sarney passariam a dominar, com o SBT e a Globo, todas as telinhas do Maranhão. O fato é que, a partir dali, quem decidiria o que o maranhense iria ver todo dia na televisão seriam dois “netinhos da ditadura”: Fernando Sarney, chefe de uma quadrilha segundo a Polícia Federal; e Edison Lobão Filho, o Edinho Trinta, por causa das taxas que cobrava para realizar transações do governo do pai dele para liberar pagamentos, etc. e tal.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
20% - É pouco? É muito? É o Suficiente!
segunda-feira, 25 de abril de 2011
O Queridinho da Mamãe
Logo de cara, podíamos ler no Google: “Polícia Federal pedia a prisão preventiva de Fernando Sarney”. Logo abaixo “JB Online – Polícia Federal quer ouvir Fernando Sarney”. Mas vamos clicar na terceira notícia, da Veja Online. O título diz “A família de 125 milhões de reais... e um genro”. O texto reproduz a reportagem da revista Veja impressa, número 1.742, de 13 de março de 2002, cuja manchete de capa diz: A candidata que encolheu
Refere-se ao famoso caso Lunus: um monte de notas de 50, num total de 1 milhão e 350 mil reais, que a Polícia Federal encontrou na sede da empresa do casal Jorge Murad-Roseana Sarney. Roseana, que subia que nem rojão como candidata do extinto PFL, murchou junto com o marido na tentativa de explicar a origem e destinação da dinheirama.
Mas ali, já despontava a estrela de Fernando, o verdadeiro portador da chave que abre e fecha os cofres do clã. O queridinho de Dorna Marly, assim que se formou engenheiro, foi fazer pós graduação em Deliquenciologia trabalhando como assessor do secretário de Transportes Leon Alexander. No governo de quem? Claro, Paulo Maluf (1978-1982).
Entregar aos cuidados do governador paulista o filho Fernando, que seria o cérebro a comandar seu império, mostra o grau de camaradagem que Sarney cultivava com Paulo Maluf. A tal ponto que Maluf, aceitou, sem pestanejar, a indicação de outro grande amigo de Sarney para a função de diretor-administrativo da companhia de águas de São Paulo, a Sabesp: Tauser Quinderê. Que mais tarde daria nome ao auditório da Sabesp, no bairro paulistano de Pinheiros, onde as empresas devem apresentar documentos quando querem participar de alguma – não é piada pronta – licitação.
Tal era a confiança de Sarney em Tauser Quinderê, que o usou como pombo-correio. Por mais de 20 anos, de tempos em tempos Tauser ia pessoalmente à Suíça levar a mala com as “economias” de Sarney. Certo começo de tarde, instalado numa mesa do Bar da Onça, no térreo do edifício Copan, em São Paulo, Helito, bisneto do Barão de Amparo, contra entre talagadas de uísque.
“Na ditadura, não tinha esse problema, na Suíça entra tudo, então ia com a mala. Não tinha negócio de doleiro não, economizava os quatro por cento do doleiro. E, numa dessas viagens, em Genebra, o Tauser teve um ataque fulminante do coração e morreu, no saguão do aeroporto. Atenderam o Tauser e levaram a mala. O Sarney ainda não era o bilionário que é hoje, mas já era um homem rico. Tinha sido governador, era senador, já tinha os diretozinhos e o próprio Fernando Sarney na Eletronorte, o Astrogildo Quental levantando dinheiro pra ele, que estava começando a argamassar a fortuna. E nessa mala tinha muito, era uma mala de viagem lotada de dinheiro, e o Tauser morre com ela. Como Sarney é sabidamente sovina, o Tauser viajava sozinho, de classe econômica, aquelas coisas, sem acompanhante, nada. Pegaram o corpo do Tauser e a grana não apareceu até hoje. Tem mais um rico no mundo.”
Depois de dois belos goles de uísque, a aristocrática figura do ex-sub-chefe da Casa Civil de Maluf retoma o fio da história:
“Ao saber da notícia de que perdeu o fiel escudeiro – e também a mala - o coração de Sarney fraquejou. Impactado por ambas as perdas, deixou Brasília em direção aos cardiologistas de São Paulo. No learjet do dono do cimento Cauê, o mineiro Juventino Dias”
Tempos depois, já um cleptocrata de alto coturno, quando o pai deixava a Presidência, Fernando Sarney teria a oportunidade de pôr em prática o que de melhor havia aprendido com Maluf. Nessa altura, Sarney estava rompido com Maluf, desde a Convenção do PDS em 1984. Aqui cabe, entre parênteses, uma nota para quem gosta de futurologia do passado. Tancredo chegou a procurar Paulo Maluf para sondar se toparia ser vice, para mais facilmente derrotara a ditadura. Maluf não topou. Se topasse, seria ele, Maluf, o presidente em vez de Sarney...
quarta-feira, 13 de abril de 2011
O Verdadeiro Trem da Alegria
(Parte II da Série Honoráveis Bandidos)
Roseana deu os primeiros passos na política em pleno Palácio do Planalto, no Gabinete Civil da Presidência da República, aos 32 anos, formada em ciências sociais, um vernizinho de esquerdista, um violão mal tocado, o apelido de Princesinha do Calhau – menção à mansão colonial na praia do Calhau, que ocupa um quarteirão inteiro de 20.000 metros quadrados.
Quem entra na mansão de Sarney imagina tudo, menos uma residência. Sarney chegou a retirar o portão de ferro fundido do cemitério de Alcântara, ilha tombada pelo Patrimônio Histórico, e levar para casa como peça de decoração. Quando o visitou, o ex-presidente socialista de Portugal, Mário Soares, levado à mansão, depois de algum tempo de espera, perguntou a Fernando, filho caçula do senador:
“Agora vamos à casa do presidente Sarney?”
Pensou que estava num museu.
Folha Online, 25 de março de 2009: “Sarney, ACM e Renan criaram 4.000 vagas no Senado”
Trem da alegria – Entre os servidores efetivos, nem todos são concursados. Estes somam cerca de 1.200. Entre 1971 e 1984, os senadores aproveitaram para efetivar servidores por meio de atos administrativos, embora isso fosse vedado pela Constituição. A atual líder do governo no Senado, Roseana Sarney (PMDB –MA), é servidora do Senado graças a um trem da alegria de 1982, assinado pelo então senador Jarbas Passarinho.
O coronel Jarbas Passarinho prestou grandes desserviços à nação, seja como ministro da Educação da ditadura militar quando reprimiu e perseguiu estudantes e professores, seja como incentivador do AI-5. No finalzinho da ditadura, serviu aos apaniguados com o ato que beneficiou a filha dileta de seu amigo José Sarney, antecipando o legítimo Trem da Alegria de 1984, do senador do PDS Moacyr Dalla, que embarcou 780 felizardos na gráfica do Senado e outros 600 nos gabinetes da Casa, entre eles a mesma Roseana, que nem morava em Brasília, mas no Rio.
Pós-Trem da Alegria
Na eleição de 1994, para o governo do Estado do Maranhão, Epitácio Cafeteira perdeu para Roseana, no segundo turno, por um por cento dos votos. Cafeteira havia ganhado o primeiro turno com folga e no segundo foi derrotado por um triz graças, segundo denúncias documentadas, a uma fraude grosseira nas apurações. O que se sabe com certeza é que papai Sarney instalou-se pessoalmente dentro do Tribunal Regional Eleitoral, o TRE, e de lá só saiu quando os votos para a vitória da filha estavam assegurados.
O colunista Márcio Moreira Alves, no jornal O Globo, denunciou que o próprio Cafeteira teria recebido uma fortuna para ficar quieto, aceitar a derrota (apesar de vencer por 70 mil votos) e fazer corpo mole no recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral – perdeu o prazo. Jamais qualquer uma das partes respondeu à gravíssima acusação de Moreira Alves.